Sejam bem vindos a Duas Barras !

Este é um espaço dedicado a esta pequena cidade do Estado do Rio de Janeiro,que apesar dos males da vida moderna ainda mantem algumas das caracteristicas mais puras e tradicionais da verdadeira vida do interior.
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Praça Central

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quinta-feira, 16 de setembro de 2010


Narciso, o horrendo!

"Eco era uma das mais belas e simpáticas ninfas que já existiu. Eco era uma das Oréades, as ninfas das montanhas, e adorava sua própria voz… mas para alguns ela tinha um defeito (muito comum em algumas pessoas) – era mega tagarela! Zeus tinha sempre muita simpatia por Eco e esta o visitava sempre no Olimpo, entre outras coisas para distrair Hera (mulher de Zeus) com sua conversas. Um dia Zeus se encantou por uma ninfa e Hera que já havia percebido algo no ar, decidiu vigiar o marido… (aquela história de rédeas curtas não é de hoje…).
Zeus ficou pensando um meio de escapar do cerco de Hera e lembrou-se da jovem Eco com suas histórias e a chamou para passar um dia no Olimpo… enquanto a inocente Eco distraia Hera com sua conversa, Zeus deu sua escapulida. Hera, porém, acabou descobrindo o ardil e puniu a pobre ninfa tirando-lhe o dom da fala e condenando-a a repetir apenas as palavras que ouvia dos outros:
“De hoje em diante” – disse Hera – “a língua com que tu me iludiste ficará atada a dos outros. Não terás o poder de falar em saudação. Tua fala será escrava da fala de outros e desde este dia até que o tempo tiver cessado falarás somente para repetir a última palavra que teus ouvidos escutarem.”
E assim Eco volto às florestas guardando em si um silêncio gigantesco, mas mantendo a alegria e entusisamo que lhe era características marcantes. Certo dia, Eco deparou-se com o mais belo de todos os jovens que existia no planeta. Este chamava-se Narciso, que era filho da ninfa Liríope e do rio Céfiso e desde a mais tenra idade apresentava uma beleza singular, única, fascinante. Sua mãe, preocupada com o destino que lhe cabia por atrair a atenção de todos que o viam, resolveu se consultar com o cego profeta Tirésias e perguntar sobre até que idade ele viveria e eis que Tirésias responde: “ele viverá até a velhice desde que não conheça a si mesmo.”
Liríope tratou de dar sumiço a todos os espelhos possíveis e criar Narciso sem que ele pudesse ver a sua própria imagem. Assim Narciso cresceu sendo exaltado, bajulado e celebrado por sua beleza que era descrita por todos a sua volta que o viam e dessa forma atraindo muitos admiradores e apaixonados, porém o jovem não conseguia se apaixonar por ninguém.
Um dia Narciso saiu com alguns amigos para um passeio no bosque, foi quando Eco o viu pela primeira vez e se apaixonou por ele e passou a acompanhá-lo secretamente escondendo-se entre árvores, rochas e rios, mas seguindo, sempre, de perto os seus passos. Em determinado momento, Narciso se afastou do grupo e Eco decidiu que aquela seria uma ótima oportunidade para se aproximar e com cautela ela foi seguindo, mas o jovem percebeu seus passos entre os galhos e folhas secas e perguntou:
- Tem alguém aí?- Aí…aí…aí… – ela respondeu.
- Apareça. Venha até aqui! – solicitou Narciso.
- Aqui…aqui…aqui…- falou Eco.
- Estás zombando? – questionou Narciso, indignado.
- Zombando. – falou Eco sem poder responder claramente a Narciso.
- Suma, desapareça! Não quero mais ver-te ou ouvir-te!
Eco entristecida pela primeira vez e cheia de dor e se sentindo abandonada foge, à princípio para a floresta, mas de tão envergonhada pela rejeição de seu amor ao belo e arrogante Narciso vai ficando cada vez mais triste e vai definhando, definhando, definhando até desaparecer e esconder-se por completo nos rochedos, sobrando dela somente a voz castigada a repetir a última palavra dos outros. As demais ninfas revoltadas e compadecidas com a tristeza e infortúnio de Eco apelaram a Némesis, deusa da punição (alguns escritores comentam que foi Afrodite, deusa do amor, a quem elas recorreram) para que vingassem o sofrimento de Eco.
O feito de vingança aconteceu no monte Hélicon, em uma outra caçada. Narciso sentiu-se fortemente atraído para uma determinada clareira que tinha um plácido rio e ao aproximar-se viu-se refletido nas águas e imediatamente apaixonou-se pela imagem revelada de seu próprio rosto. Encantado com a beleza que via (sem saber que era sua) pensou ser a feição de alguma ninfa ou dinvidade. Narciso sorriu e a imagem refletida sorriu no mesmo instante.
Deslumbrado com o próprio sorriso, acreditando estar sendo retribuído, Narciso resolveu inclinar-se para beijar a boca que via e seus lábios tremularam as águas fazendo com que seu reflexo se distorcesse e sumisse por alguns instantes. Angustiado, Narciso pede que ela não se vá e esperando alguns minutos, vê-se novamente refletido quando as águas acalmam e tenta torcar-lhe o rosto mais uma vez, não conseguindo.
Narciso, desesperado grita chamando pela imagem e decide entrar no rio em busca de seu amor acabando por permanecer eternamente nas águas. As ninfas mesmo vingadas, choravam pela morte do belo Narciso, a quem, todas elas, também se apaixonaram e os lamentos e choros que ouvia Eco repetia colocando para fora a sua própria dor. Até mesmo os deuses se compadeceram da tragédia e no exato local, na margem em que ele viu pela primeira vez a sua própria imagem, os deuses fizeram nascer uma linda flor branca que leva até hoje o seu nome."
(Descrição da história de Eco e Narciso- Mitologia Grega)


Belissima história essa não?
Mas o que veríamos refletido nas àguas de nossos rios se
tentassemos enxergar uma imagem?
A bela face de Narciso é que não !
Veríamos com certeza imagem da nossa irresponsabilidade.
A face disforme da nossa insensatez.
Agimos naturalmente com extremo descaso e despejamos em nossos rios,in natura,
todas as nossas inconsequências sem medir os efeitos dessas atitudes.
Precisamos refletir sobre como tratar a natureza que nos cerca, e principalmente buscar
respeita-la, pois, vivemos num meio ambiente que perde a cada dia a capacidade de se
regenerar por culpa de agressões constantes e cruéis de quem mais se beneficia e depende
dele, ou seja, nós mesmos.
Mas não percamos a esperança, quem sabe os deuses não se compadeçam de nós e
façam nascer um bela flor em memória da raça humana, mas por enquanto, desfrutemos
daquilo que nós mesmos estamos plantando: O total desprezo pela beleza!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Pequenina cidade grande

Como é bom acordar aqui!
Como é bom escutar os canários cantando na minha janela beemm cedinho e sentir o sol (friooo!)que vem iluminado nosso vale.
Ahh, como é gostoso fazer parte disso, desse corre-corre vagaroso do nosso dia-a-dia, dos engarrafamentos(dez segundos no máximo) na praça e da espera nas filas dos bancos...
-O quê?
-Já é minha vez??
-Êta gente pra andar rápido!
Terrinha de clima frio,rodeada de verde,benção pros olhos.
Que bom, é sentir nas ruas o calor da tua gente,gente que apesar da dureza da vida não deixa de carregar no rosto um acessório meio fora de moda por aí ,mas que em teus caminho são fartos e sinceros: o sorriso.
Miniatura de grande cidade.
Maior "maquete" que eu já vi!
Não és cenográfica, mas espera...eu já não te vi numa novela??
Ahh cidadezinha!
Quem dera existissem mais como você.
Sei que não és perfeita, mas por ter alma simples e pura nos inspira e cativa.
Pequenina grande cidade, que a tantos conquista sou mais um entre tantos que suspira por ti e agradece pelo privilégio de poder olhar-te, cuidar-te e nada mais.